segunda-feira, 29 de junho de 2009

Prognóstico Indefinido

Janeiro de 2009. É Que... Já havia sentindo isso dias atrás.
Uma espécie de psicose, Cujo me fugiu a CID: 10. Todavia, Pensei...
Fui ate o hospital e me deparei com uma jovem da (clinica medica).
Seu nome era: Analti Terçarioli! Ela me fez algumas perguntas de praxe e mexeu os dedos.
Ela me disse: O que está acontecendo?
Por um instante hesitei... Introspectivo pensei: “cada um sabe a dimensão dos seus respectivos flagelos...” É que depois do acidente em 1996 quase partir sem deixar poesia e mistérios...
Minha visão navegava nas profundezas do equivocado Ímpeto da morte.
Terçarioli notou que meu semblante denunciava tudo... E paulatinamente algo ficava em evidencia.
Fiquei inerte, Perplexo, pasmado! Dejavú veio a tona...
Embora as perguntas fossem pragmáticas emergia um clima de cumplicidade.
O tom de ambas as vozes tornou-se uma conexão, Na qual foi tomando corpo.
Falei sobre meu psiquiatra e as drogas psicoativas... Prescrições negligentes!
Tudo vira síndrome de abstinência e dores abstratas... (IERS). Com coadjuvante rivotril.
Olhei as paredes disperso... Terçarioli disse: Vamos fazer uma intervenção com o lítio!
Apreensivo perguntei: por que? Ela disse que era apenas para atenuar idéias suicidas e solicitou alguns exames.
Conjecturei no âmago da minha psique, Tendência suicida?
Terçarioli fitou-me silenciosamente em voz baixa, quase que um sussurro... Vamos subir para o quarto Marcello? Pensei: nunca matei ninguém! Exceto algumas quimeras e um tempo vadio.
Esbocei um sorriso exausto e vazio... Cantei uma canção em um tom suave como um pássaro.
Penso em quase tudo... Voar, cair, morrer, ser feliz, ter filhos, velejar dias adentro e deixar sangrar...
Seringa!Seringa! Seringa! Eu quero uma seringa... Picar algumas veias que pulsam no meu céu!
Distante conseguir visualizar uma porta sem um numero de identificação...
Era o quarto, cujo ficaria internado! Chegando ao quarto tranquei a porta e ascendi meu ultimo cigarro enrustido nas minhas meias. De repente! Toc, toc, toc! Alguém batia na porta.
Eu gritei com toda calma do mundo! Quem é? Somos da enfermagem! O Senhor esta bem?
Podemos entrar? Claro só um momento... Ficou o odor do cigarro e meu desejo de fumar até o fim.
Abrir a porta e ela disse: esta tudo bem? Eu disse que as pessoas costumam dizer que sim!
Marcello podemos começar a medicação? Hum... Tudo bem querida por uma condição...?
Qual? Você pode trazer um café às 23:30Hs pra mim? Ela acenou com a cabeça concordando...
Ei? Ela olhou para trás e disse: não é de costume, Todavia, vou trazer seu café garoto!
As luzes apagaram... O silêncio era tudo o que eu tinha para dizer: seja qual for o desfecho dessa noite vou sorrir sem nenhum motivo para chorar desesperadamente.
Não é ficção!

Marcello Moraes

Um comentário:

  1. Cara, poste suas poesias no seu blog também, gostei das que você postou no orkut.

    Um abraço e fique na paz.

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